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O acordo de exclusão da silvicultura de eucalipto em áreas de cacau cabruca foi uma importante medida adotada em 2009, durante encontro técnico realizado na sede da CEPLAC, em Ilhéus. Este entendimento foi resultado de um amplo debate entre pesquisadores, produtores, ambientalistas e representantes de instituições públicas e privadas, que reconheciam o valor singular do sistema cabruca para a conservação da Mata Atlântica, a manutenção da biodiversidade e a cultura cacaueira tradicional.

A cabruca, como sistema agroflorestal nativo do Sul da Bahia, integra o cultivo do cacau à sombra das árvores da Mata Atlântica, garantindo equilíbrio ecológico, sequestro de carbono e preservação de espécies endêmicas. A expansão da silvicultura com espécies exóticas, como o eucalipto, representava ameaça direta a esse equilíbrio, promovendo degradação do solo, diminuição da biodiversidade e homogeneização da paisagem.

Dessa forma, o acordo firmado estabeleceu critérios técnicos e zonas de exclusão da silvicultura industrial em áreas reconhecidas como estratégicas para a manutenção da cabruca. Foi um marco para o ordenamento territorial, promovendo uma agenda ambiental compatível com o desenvolvimento sustentável e a proteção da cultura grapiúna.

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